segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mensagens dos servidores públicos municipais neste Natal

Por Antonio Fernandes de Oliveira

Seria incompleto o raciocino que não acreditasse que a transformação sempre está
Espontaneamente no nosso pensamento, pois as grandes idéias nunca fragmentam essa
Realidade por isso cada um vai construindo em se mesmo o grande líder em busca das
Vitórias tão distantes, mas que nunca deixam de estar presente em seus sonhos a vida
Intelectualiza implanta novos caminhos e nestes os conhecimentos mais eletrizante e
Demográfico que possa existir nas camadas sociais, as pessoas passam a exigir mais
Organização em tudo que precisam ou que faz e com essa dinâmica nós encontramos a
Reestruturação dos atos que ficaram incompletos, a inteligência compõe nunca destrói a
Esperança, o amor é um caracteres incomparável de ser exposto perante aquele que não
Sente a possibilidade de retribuir o bem, contestar ou questionar é uma espontaneidade

Popular mais nem por isso deixa de ter o seu próprio benemérito especificado no valor
Unificado de cada um, e se com responsabilidade construirmos com a mesma creditará
Benevolência que precisamos para viver servindo ou sendo servido e só crescemos com
Liberdade de expressão, ou seja, aquela que em muitas vezes proporcionamos, mas não
Imaginamos o quanto é difícil colocar em prática porque as incompreensões atrazam as
Credibilidades que propiciam um feito com as características de grandeza porque todas
Origens fundamentam o direito constituído e sem ele não encontramos a esperança, e o
Social equilibra, mas não absolve os nossos erros, mas abrilhanta quando acertamos, em

Muitos direcionamentos surgem as incertezas ou a complexidade, mas podem nascer as
Unificações de pensamentos que sempre nos levam ao esperado, pensar grande é buscar
Naturalmente a sua própria capacidade não existe avanço quando não somos capazes de
Impossibilitáramos a ignorância porque o conhecimento nos da a superação de tudo isso
Confiar é enaltecer o próprio consciente e isto passa ser mais natural se-estivremos com
Intuito de mostrar a verdade daquilo que praticamos porque a vida bem vivida sempre é
Preparada para chegarmos a um objetivo qualquer a de servir pode ser uma das mais a
Aperfeiçoada que existe porque transmite aos outros uma expressão de alegria no seu
Imaginário e ter o privilégio de servir um povo tão grande como o povo anapolino é
Simplesmente estar de bem com a vida é gostar de ser feliz é respeitar o contribuinte é

Dedicar-se de uma maneira melhor no que fazemos é mostrar que somos capazes de
Equacionar todos os problemas é levar adiante a idéia de nossos primórdios que é uma

Anápolis cheia de encantamento e perfeição e com essa alegria vamos chegando no
Natal o fim de ano, mas de um grande começo que ainda vira para todos nós porque o
Amor de nosso Bondoso Deus foi transmitido com a vinda de seu próprio filho Jesus e
Por isso todos os servidores municipais tem a imensa satisfação de desejar a todos um
Otimo ano novo e que seja marcado para sempre com a presença do Santo Menino, o
Livre arbítrio nos foi concedido para que nós vivêssemos de uma maneira esplendida e
Inteligente e com a Uní Presença a Uni Ciência e o amor do Onipotente chegamos lá
Sua Misericórdia é imensa é inexplicável e pode ser transparente na vida de todos nós.



Poeta Antônio Fernandes de Oliveira.
Servidor Municipal de Anápolis
REVISTA VEJA,
OLHA.

Por Zeomar Gordo


              Desejo parabenizar toda a Imprensa Brasileira, seja Televisada, Falada ou Escrita que, de uma forma ou outra vem denunciando as mazelas dos nossos administradores públicos, seja na área Federal, Estadual ou Municipal, bem como fiscalizando os Poderes (?) Judiciários, Legislativo e o já citado Poder(?) Executivo.
               Diante das imundices que temos vistos neste Brasil varonil, seja de Norte a Sul ou de Leste a Oeste, a situação precisa ser mais bem fiscalizada, já que o responsável muitas das vezes não dispõe de tempo (???) suficiente.
               Pois bem, aqui vai uma pequena sugestão às Empresas de Televisão, Jornais, Rádios e principalmente a nossa valorosa Revista Veja que, diga-se de passagem, eu a recebo em minha residência toda semana, em que pese eu a esteja buscando no antigo endereço pois, até agora não a mudaram para o novo domicilio.
               Pois bem, vamos à sugestão do velho aposentado do ISSA que, de marajá não tem nada, pois o DIEESE, afirmou em bom tom que o famigerado salário mínimo deveria ser superior a
R$ 2.300,00
               Daí, bem, daí eu posso ser um marajá do tapete furado e ainda credor de 4 (quatro) meses de salários de 1996, e mais 04 (quatro) de salários de 2000 que, por sinal na semana que passou fui até ao Presidente Câmara e pedi que o nosso Poder Legislativo fizesse uma consulta ao Tribunal de Contas dos Municipios questionando dois assuntos:
               1) Os servidores teriam direito de incorporação em seus salários horas extras recebidas,  acumulados depois de cinco anos ou dez intercalados?
               2) Os salários devidos e não pagos de 1996 e 2000 teriam prescritos.

                Pois não é de vê que o Doutor Procurador do Poder Legislativo esqueceu -se de questionar no Tribunal de Contas dos Municipios tais salários de 1996 e 2000.
Que cabeça.
                Por Falar em cabeça, olha a minha esquecendo da sugestão a Revista Veja :
                Escolha uma cidade no Brasil que pode ser através de um sorteio, analise seus balanços, e OLHA ou VEJA quanto foi arrecadado num determinado ano e como gastaram esse dinheiro.
                Aí, bem, ai vamos descobrir como o Poder Público tem tanta dificuldades (?) em oferecer aos brasileiros:
Saúde,
Educação,
e
Segurança.
                 Pois OLHANDO bem, VEREMOS quanto desperdício, como festas, foguetes, brindes, medalhas, títulos e o famigerado coffe break



 
Zeomar Gordo
Vice Presidente da AFAPEMA
O ISSA EM MÃOS ALHEIAS...

Por Myriam Marques

                Foi batido o martelo: a Lei que diz respeito às mudanças na forma de pagamento dos proventos destinados aos aposentados e pensionistas do Instituto de seguridade dos servidores de Anápolis está pronta e não se discute!!!
               O Conselho Municipal de Previdência Social após incansáveis reuniões, debates, consultas a especialistas, viu-se preocupado com o destino do ISSA. No entanto, forças maiores cujo poder excede a todo entendimento, resolveu ,decidiu, delegou, imperou,pronunciou, e enviou para a Câmara Municipal, a Lei que irá definir o destino dos funcionários efetivos municipais.
             Caros colegas, prezados companheiros, senhores e senhoras que já engrossam as fileiras da aposentadoria: Viemos informar-lhes que no que dependeu de nós, da nossa luta, da nossa dedicação voluntária na defesa dos funcionários públicos aposentados da cidade de Anápolis, lutamos para preservar o respeito e a consideração por todos, indistintamente, porém, como é de costume, nada do que foi discutido, analisado, debatido, conversado no transcorrer dos dois anos de reuniões, foi respeitado.
            O destino dos aposentados e pensionistas de Anápolis está em mãos alheias. Os vereadores de Anápolis irão votar a LEI DE REPARTIÇÃO DE MASSAS sem nenhuma participação nas discussões ocorridas. Um dos maiores especialistas em cálculo atuarial, Dr. Mário Rattes, foi consultado pelo Conselho do ISSA afim de que pudéssemos compreender o processo de repartição de massas a ser implantado e qual a melhor medida a ser tomada. Medida esta, que preservaria a tranqüilidade dos nossos aposentados no que tange ao recebimento de seus salários.
               Faz-se necessário que todos nós saibamos que a referida Lei que será votada na Câmara Municipal, decidirá o futuro de todos nós. Lei que não condiz com as alternativas apresentada pelo especialista em avaliação atuarial.
              Assim sendo, queremos informar à sociedade Anapolina que o Conselho Municipal e o Sindicato dos Funcionários Públicos não concorda com as medidas tomadas e, avisa, nesta data, que a bomba não será desativada, apenas conseguirão mexer no relógio do tempo, adiando o problema. Que fique registrado a quem possa interessar, para que no futuro não venham acusar-nos de omissos. Deus nos abençoe!!!



Myriam Marques
Membro do Conselho Municipal
de Assistência Social
O QUE SERÁ DO ISSA???
REPARTIRÃO AS MASSAS???

Por Myriam Marques

          A problemática envolvendo a Previdência Social pode ser compreendida como uma questão á nível nacional e reflete diretamente nos municípios, o que não poderia ser diferente em nossa cidade.
         A questão do ISSA (INSTITUTO DE SEGURIDADE DE ANÁPOLIS) é parte integrante desta emblemática e não tem recebido a atenção necessária por parte das autoridades competentes que insistem em afirmar que há problemas muito maiores na cidade para resolver. Ouvimos o então Secretário Municipal da Fazenda, afirmar que “fazer asfalto hoje é muito mais importante do que preocupar com o futuro dos trabalhadores aposentados”. Isso é no mínimo, incoerente com o ideário das bandeiras trabalhistas.
         O trabalhador/ funcionário público sai de casa todos os dias para o trabalho, cumpre com suas obrigações e horários pré-estabelecidos, realiza uma trajetória cotidiana pesada, enfrenta barreiras diárias as quais produzem sintomas físicos muito próximos ao patológico, causando males irremediáveis.
         No entanto, na arena da sociedade capitalista o homem trabalhador/ funcionário público é apenas um ponto negro no grande mercado.
         Um dia ouvi da boca de um líder governista a afirmação de que ele teria “uma cidade inteira para cuidar, e jamais poderia perder tempo com minúcias”
         No entanto caro leitores, o nome desta que ele se referiu como minúcia, faz parte do recurso humano que contribui para o cuidado com esta CIDADE, estas minúcias são gente, é povo, são trabalhadores que contribuem para que esta mesma cidade prospere. Imaginem vocês uma cidade fantasma, sem pessoas, sem gente para pisar no asfalto, sem gente para sentar nas belas praças, sem gente para caminhar nas alamedas e desfrutar dos benefícios construídos sobre as lápides de centenas de trabalhadores que foram denominados de minúcias.
        Diante do quadro angustiante e severo que ora se apresenta, alguns fingem não perceber e ou reconhecer a necessidade urgente de valorizar o humano e as virtudes naturais de cada um. Ao contrário, o que vemos é um festival de máscaras e artificialidade, onde prevalecem os interesses meramente individuais em que valorizam aqueles que de algum modo são importantes na esfera dos acordos políticos.
        Para dar maior agilidade ao trabalho com o que deveria chamar de recurso humano, foi criado um redil, onde a ovelha máster lidera o rebanho de modo a lançá-los no abismo em um futuro bem próximo. Lulu Cordeiro Sabonete. Esta ovelha (ou lobo) é escorregadia, ensaboada como ninguém. Adivinhem de que lado ela está? Do lado das companheiras ovelhinhas? Ou do proprietário da FAZENDA???
         Pergunta difícil hem!!!
        Não dá para prever o que mais pode ser manipulado pelas forças dominantes, haja vista que contra a força não há argumento. É incrível a forma em que se operam as coisas, atropelando os direitos dos indivíduos de modo tal que controla até mesmo o direito à argumentação. A própria lei é utilizada de modo tal que favorece também aos interesses dos dominadores. Atenção aposentados e trabalhadores/ funcionários públicos, estão mudando a Lei Previdenciária do ISSA. Precisamos ficar atentos. Isso é grave. Não pode ser entendido como simples minúcias no bolo maior que é a cidade de Anápolis.



MYRIAM MARQUES
Membro do Conselho Municipal
de Assistência Social
O MILAGRE
DA
HONESTIDADE.

Por Zeomar Gordo


              Certa vez estava eu (devidamente convidado) em reunião com uma Autoridade Municipal quando, após o encerramento da “dita-cuja” fui presenteado com uma caneta, cujo símbolo nada mais era do que o casamenteiro

SANTO ANTÔNIO.

               Não, que a “doadora” quisesse insinuar que eu devia rezar para arrumar um casamento, até porque na minha idade nada mais consigo, a não ser o amor-de-carteira.
Todavia, não é de ver que surtiu efeito o tal presente, pois, após usar a “canetinha” numa reunião (devidamente convidado) no Egrégio Tribunal de Contas dos Municípios em Goiânia, a noticia que nos foi dada pelas COMPETENTES CONSELHEIRAS do então TRIBUNAL, foi a seguinte:

É LEGAL A PREFEITURA DE ANÁPOLIS
EFETUAR OS PAGAMENTOS DE SALARIOS
REFERENTES AOS MESES DE OUTUBRO,
NOVEMBRO, DEZEMBRO E 13 DO ANO DE
1.996.

BEM COMO SÃO LEGAIS OS PAGAMENTOS DE
OUTUBRO, NOVEMBRO, DEZEMBRO E 13
DO ANO DE
2.000.

             E ainda....
As Doutoras em Leis, tiveram a simpatia e a
H-O-N-E-S-T-I-D-A-D-E de afirmarem o
PORQUE NÃO houve a famigerada
P-R-E-S-C-R-I-Ç-Ã.O....

              1º.) Salários de Servidores (empregados) NÃO PRESCREVEM;
              2º.) A Prefeitura NÃO respondeu aos Processos Administrativos Protocolados em 2.001;
              3º.) Houveram durante os anos de 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003,
                     2004, 2005, 2006, 2007 e 2008,

PAGAMENTOS FEITOS AOS
NÃO DEVOTOS DE SANTO ANTÔNIO.

                Portanto a famigerada prescrição poderia até se manifestar após ano de 2.008, ou
seja em 2.013.

               Mudando de assunto, eu tenho certeza, e confio não só em Santo Antônio, mas
também no Douto Prefeito Antônio, pois o mesmo procurava um AMPARO-LEGAL,
pois aí está o SINAL-VERDE.
               Como o nosso Prefeito Antônio, acompanhou nossa via-sacra durante ONZE
(11) anos, pois foi Vereador neste período, ou seja, de sua sala na Câmara Municipal
nós fizemos o nosso
MURO-DAS-LAMENTAÇÕES.

               Hoje, que estou escrevendo esta lamuria, é dia 28 de setembro de 2.011, e apesar
de não ter sido convidado para a COMEMORAÇÃO DOS 1000 dias de um Governo
Vitorioso do Prefeito Antônio, quero pedir ao Santo Antônio que me mantenha vivo
mais 1.550 dias, para que eu possa comemorar a batalha VITORIOSA do Prefeito
Antônio com muito mais alegria do que a festa dos 1.000 dias.


Zeomar Gordo
Vice-Presidente da AFAPEMA
DEPRESSÃO

Por Nena de Pina

                De repente, não mais do que de repente, o mundo se torna cinza, a vida sem sentido e a pessoa compreende ter entrado, infelizmente, na depressão. Entretanto ela havia alertado insistentemente o individuo de sua aproximação, como alguém que teme entrar em algum lugar e, para alertar aos presentes de uma tossezinha, anda barulhentamente, bate na porta.
                Se prestássemos atenção em nós mesmos teríamos observado que o estado febril não era resfriado, a necessidade de dormi durante o dia sem motivo, a indiferença às situações e às pessoas, preguiça constante, dores no corpo, nervos à flor da pele, choro por nada, falta de ânimo e uma quantidade de pequenos detalhes anunciava a chegada e muitas vezes a instalação permanente do estado depressão.
                 Ao notarmos o acúmulo de sintomas é melhor fazermos um balanço geral da situação, e pessoas que nos envolvem, mudar as companhias e a rotina de trabalho, descansar e divertir.
                 Costumamos dizer: a depressão torna a vida sem sentido. Não será ao contrário?
               “Oh! Mas tenho marido, mulher, filhos, emprego, status social, saúde e inteligência! O que falta?
                  Falta realização própria. Falta coragem de assumir. Falta livrar se do medo constante da opnião dos outros e da insegurança no trabalho, etc., etc. A fidelidade é surtida por quatro colunas: Saúde, Amor, Dinheiro e Realização Própria, mas, parece que o mundo de hoje resolveu mante- la num tripé , abolindo a realização individual.
                 Num corre, corre diário quase tudo é lento em função dos outros e da opinião particular de quem julgamos importante. Quer ver? A mãe só pensa nos filhos, casa e marido, depois em si, nesta ordem.   Quando sai para eventos sociais a roupa e aparência devem satisfazer a opinião dos presentes. A tranqüilidade de lazer é substituída pelo lugar da moda, o livro da moda e receando emitir opinião divergente dos supostos espertos em literatura, costumes, moda, etiqueta e etc.
                 Conta-se os amigos nos dedos de uma mão e ainda sobram dedos, mas pessoas plenamente realizadas são mais difíceis de encontrar que ET, simplesmente por apresentarem uma vida fantasiosa, pela necessidade absurda e premente de mostrar quão inteligentes, avançados, sábios, bondosos são. Em casa o demoniozinho que habita em nós mostra os chifrinhos, o rabinho e até o tridente e, então nós, nos sentimos o último dos mortais, o pior entre os piores e a pergunta aflora. Por que, meu Deus? Por quê?
                 Existe um pensamento iniciatico que bem analisado, nos ajudará a entender a vida em sociedade.
                 “Elimine o vicio praticando a virtude, depois livre se de ambos, sendo apenas um SER HUMANO




Nena de Pina
Escritora, Empresária no ramo de cerâmica 
 professora de yoga

NOVOS RUMOS PARA UMA VELHA HISTÓRIA


Por Myriam Marques e Zeomar Gordo

              Após dias e dias de reivindicações, os aposentados que não receberam seus proventos referentes aos anos de 1996 a 2000 tiveram suas esperanças renascidas das cinzas ao ouvirem dizer que o chefe do executivo teria interesse em pagá-los. No entanto, na burocrática caminhada entre um departamento e outro, algum desses subchefes (narcísicos), empataram o processo em “nome da Lei”, que eles interpretam conforme seus próprios desejos.
                No que tange aos débitos salariais da Prefeitura, referente aos meses de outubro, novembro, dezembro e o 13º de 1996, mais os meses de outubro, novembro, dezembro e o 13º de 2000, lhes digo que, o total de credores em janeiro de 1997 girava em torno de + ou - 187.
                  O que acontece é que os técnicos da Prefeitura de hoje querem alegar que, tais créditos salariais teriam prescritos, e mais, que a prefeitura seria penalizada pelo Tribunal de Contas dos Municipios se realizarem TAIS PAGAMENTOS.

                   Se assim fosse perguntamos:
                   1º Porque o Tribunal não penalizou os Prefeitos que pagaram tais créditos anteriormente?

                   2º De 1997 até 2008, todos eu digo todos pagaram parte destes credores. Portanto foram pagamentos interruptos.

                   3º Em 2001 abrimos um processo na Prefeitura em nome de vários servidores pedindo tais pagamentos inerentes a 1996 e 2000 e, ATÉ HOJE NÃO RECEBEMOS NENHUMA RESPOSTA---> como pode haver prescrição?

                   4º Outra prova também incontestável é que: Em 1997 eram +ou- 187 e em 2011 (hoje) são +ou - 53 PODE ?
                    Queremos ressaltar que a luta do SindiAnápolis e conseqüentemente do Conselho do ISSA tem sido recorrente e solitária, pois quando tentamos falar sobre o assunto com o próprio Presidente do ISSA, este com sua peculiar linguagem obsoleta e desprovida de compreensão na prática, vem gastar nosso precioso tempo falando sobre DISCO RÍGIDO. QUEM QUER SABER DE DISCO RÍGIDO NA REUNIÃO QUE TRATA SOBRE PAGAMENTO DE SALÁRIO Sr Dido?
                  Estas e outras bobagens e subterfúgios adotados por parte dos chamados técnicos dos departamentos, nos causam revolta e indignação a ponto de extrapolarmos algumas vezes criando um mal estar entre as partes.
                  Será que alguém de bom senso pode por um basta nesta novela que se arrasta anos a fio?
                  Aos que morreram na esperança de receber, o nosso lamento> Aos que ainda esperam em vida, o nosso  apoio e parceria na luta. Aos chamados conhecedores da Lei e donos da caneta, nosso pedido. Ao Sr Prefeito de Anápolis, nossa esperança e credibilidade na justiça!!!
                    Que prevaleça o bom senso.



 
Myriam Marques                              Zeoamar Gordo
Membro Conselho                   Vice Presidente AFAPEMA
Municipal de Assistência
Social 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

REGINA: UMA GRANDE PRESIDENTE


Por Tauny Mendes
       

          Digna dos mais calorosos elogios a postura equilibrada da senhora Regina Maria de Faria Amaral Brito, arquiteta brilhante, à frente do Sindicato dos Servidores Públicos e Municipais de Anápolis.
        Nossa valorosa companheira é conhecida, estimada e respeitada pelas pessoas de bem de nossa sociedade. Esposa do ilustríssimo senhor Samuel de Amaral Brito e mãe carinhosa de duas lindas filhas, Andréa e Luciana de Faria Amaral Brito, é figura exemplar, consciente, honesta e dinâmica.
        Todas as manhãs ela pede ao Senhor para dar-lhe coragem e força para que possa mostrar-se digna de haver sido criada à Sua imagem.
       Sob as bênçãos de Deus e auxiliada por uma equipe de eficientes companheiros, a nossa presidente – eleita pelo voto secreto dos nobres associados em maio do ano passado – vem exercendo o seu mandato com entusiasmo, transparência e dedicação.
       Ela sabe que um sindicato autêntico é aquele que se posiciona sempre ao lado dos servidores e não desonestamente atrelado a um Executivo Municipal.
       Sabedora também de que os servidores carecem de benefícios justos, ela vem empregando de maneira correta os mais ingentes esforços em prol da categoria, buscando o diálogo franco com o Chefe do Executivo e autoridades pertinentes. Vencendo as incompreensões e superando os óbices de toda sorte, ela se mostra otimista e garante que todos aqueles que entraram com processo administrativo na Justiça até 2001, receberão os proventos referentes aos quatro meses do ano de 1996 e quatro de 2000.
        Pelo seu conhecido empenho e garra nas lutas em favor dos sofridos servidores, ela vem sendo vítima de uma sórdida campanha difamatória, encetada pelas forças retrógadas , forças nitidamente contrárias aos sagrados interesses dos servidores.

Tauny Mendes
Graduado em Letras Modernas (FFBS)
e História (Uniana). É filiado à Associação
Goiana de Imprensa.
A JUSTA IMPORTÂNCIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Por Myriam Marques


         O Conselho deliberativo do ISSA existe para fiscalizar, auditar, estabelecer e acompanhar a execução da política administrativa deste Instituto , e, objetiva apreciar os recursos e reclamações de usuários e prestadores de serviços do ISSA.
         A partir do dia 17 de fevereiro último, venceu o mandato do colegiado que compunha o referido conselho, requerendo uma nova composição do mesmo para cumprimento do que reza a Lei Complementar nº 077, de 30 de dezembro de 2003.

          No intuito de evitarmos possíveis e futuros problemas que afetem a justa e merecida seguridade de nossos servidores, pensionistas, aposentados, reiteramos a necessidade da operacionalização deste órgão que atende de modo pleno os interesses de todos que contribuíram com o desenvolvimento desta cidade através do labor diário seja em quaisquer das diversas atividades que compõem o quadro efetivo da Prefeitura Municipal de Anápolis.
        Vale frisar que o Conselho é de suma importância no contexto fiscalizador do Instituto de Seguridade Social de Anápolis, pois o ISSA vem há tempos sofrendo desequilíbrio em seus cálculos atuariais os quais podem causar descompassos futuros, comprometendo as finanças de nossos segurados. Este Conselho ainda é um dos pouquíssimos espaços que os aposentados têm para reivindicar seus derradeiros direitos enquanto cidadãos.
        Vale ressaltar que os funcionários que compõem o Conselho, homens e mulheres voluntários em causa de toda uma classe. Isto, nos dias atuais é “sui generes,” e merece o justo reconhecimento.

Myriam Marques
Professora MS e Membro Conselho Municipal de Previdencia Social
Razão
e
Emoção
Por Zeomar Gordo
                                            

          Na época que o Morro da Capuava era cupim, eu trabalhei com um Prefeito de Anápolis que me ensinou o seguinte:

Toda vez que você agir
com a Emoção, você tem
noventa por cento de
chance de Errar.
Toda vez que você agir
com a Razão, você tem
noventa por cento de
chance de Acertar.

         Pois bem, dito tal ensinamento, quero parabenizar toda a Diretoria do Sindianápolis, pela feliz idéia de lançar um Jornal que, circulará de quarenta em quarenta dias, será o porta-voz dos Servidores Públicos Municipais, sejam ativos ou aposentados/ pensionistas.
Além de servir para o Sindianápolis divulgar o que vem fazendo, ou que pretende fazer, servirá também para que nossos afiliados ou não, participem conosco no sentido de questionar, pedir explicações, fazer sugestões e, até denúncias.
          Por falar em denúncias, eu sempre afirmei que, o perigo da denúncia não está em quem faz, mas sim em quem recebe, pois primeiro veja se tem autor de tal denúncia, analise o produto, investigue o fato, para depois dar andamento.
Sou contra documento anônimo, sem autor, todavia devemos investigar tudo que proceda das Administrações, bem como de seus Administradores, seja eles Prefeitos, Vereadores, Secretários e mesmos nós Funcionários.
         Portanto, aqui está um instrumento para o nosso dia a dia, participem conosco, venham dar forças a esta “Batalha Sagrada” que ora a Diretoria do Sindianápolis lança e tudo fará para ser o mensageiro de TODOS servidores Públicos da nossa Prefeitura, todavia ao fazer qualquer manifestação, seja por carta, pessoalmente, ou por e-mail,
FAVOR SE IDENTIFICAR.


Querem um exemplo de manifestação
???
  Positiva – Obrigado Prefeito por manter nossos salários em dia.
        Negativa – Pagar salários atrasados de 1996 e 2000.                            
???

Zeomar Gordo
Vice-Presidente da Afapema

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A SAÚDE ESTÁ NA UTI.

Por Regina de Faria

           Nesta semana as emissoras de televisão noticiaram o calvário de uma família do subúrbio carioca palco de mais um drama comum nas famílias brasileiras. O adolescente de 21 anos caiu da varanda do piso superior de sua residência e sua avó acionou imediatamente uma ambulância. Eles percorreram por mais de 8 horas todos os hospitais em busca de atendimento sem, no entanto, conseguir ser atendido por NENHUM dos estabelecimentos visitados. A ultima noticia que se tem é que esta vitima da política da saúde no Brasil se encontra na UTI e os responsáveis (????) pelos hospitais por onde a ambulância passou tentam explicar o inexplicável.
            A sociedade brasileira tem vivido mais uma entre diversas contradições. Nossa Carta Magna já exige que um percentual mínimo de 15% dos recursos municipais sejam destinados à saúde. Grande maioria dos mais de 5000 municípios não tem cumprido com este dispositivo e as justificativas são variadas, mas todas infundadas.
           A realidade é que as políticas públicas da saúde no Brasil têm deixado o cidadão à mercê de sua própria sorte. Vivemos uma realidade em que muitos trabalham pelo enriquecimento de poucos. A representação dessa realidade está na chamada pirâmide social em que a maioria da população que gera a riqueza sustenta o restante da pirâmide através de pesadas contribuições obrigatórias chamadas de impostos. Aqueles situados no ápice da pirâmide com certeza terão fácil acesso aos avanços tecnológicos e ao atendimento de excelência. Caso o paciente esteja localizado no centro desta pirâmide, apesar de pagar os altos impostos terá que arcar com planos privados de saúde que visam o lucro e, portanto, pagarão duas vezes pela incompetência governamental na utilização dos altíssimos recursos auferidos do contribuinte e, ainda assim, serão mal atendidos. Se o cidadão estiver na base de sustentação da pirâmide aí sim estará na UTI em estado terminal.
          A situação é revoltante se considerarmos que cada cidadão brasileiro contribui aos cofres públicos com mais de 80 tributos diferentes e estas verbas teriam o objetivo de subsidiar os serviços prestados pelos governos nos diversos níveis, incluindo a prestação de serviços da saúde. Há 20 anos os impostos representam cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), hoje esse valor está na casa dos 37%.
          Nossa Carta Magna garante o direito à saúde, entretanto a política pública, em geral, padece de enfermidades profundas comprometendo este direito fundamental e essencial para a garantia da qualidade de vida, escopo de todo cidadão no exercício de seus direitos.
          A famosa citação do poeta romano Juvenal, Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") possui na atual conjuntura toda sua força satirica. Muito embora englobe sabiamente o conceito do equilibrio saudável que necessáriamente deve existir nos níveis fisico, mental e espiritual, com certeza desmascara uma dura realidade: a dificuldade de manter-se centrado em uma situação que nos causa muito mais repulsa e indignação.
          O problema da saúde no país não é a ausência de recursos de alta tecnologia ou profissionais competentes, porque isso nós temos. O nosso desafio é oferecer o acesso à saúde a todos, principalmente às populações de baixa renda. Para que esta finalidade possa ser cumprida, mais uma vez esbarramos no tripé: combate à corrupção, responsabilidade na gestão dos recursos públicos e ampliação dos controles sociais.


Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

QUEBRADO EM PEDAÇOS.

Por Regina de Faria

              Às vésperas da comemoração do dia da emancipação política do Brasil internautas e movimentos sociais diversos têm encontrado formas criativas para comemorar o dia da independência: através da mobilização contra a corrupção.
            Não por acaso, pois a questão da corrupção generalizada, quase endêmica, em todos os ramos das atividades no Brasil é uma das razões do descrédito dos brasileiros com a atual conjuntura política brasileira.
             Para determinados pensadores a corrupção e a impunidade no Brasil são originárias de Portugal. A corte Portuguesa, ao vir para o Brasil, trouxe consigo toda uma cultura de protecionismo, nepotismo, falta de ética, corrupção, e impunidade. A história comprova com fatos que a corrupção não é brasileira, mas sim universal. O que caracteriza a situação brasileira é a ausência de punição diferenciando-o de outros países do mundo, que possuem instrumentos pesados e eficientes para deixar o cidadão com receio sabendo que provavelmente irão para a cadeia.
              Numa definição ampla, corrupção política significa o uso ilegal - por parte de governantes, funcionários públicos e agentes privados - do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos ligados por quaisquer laços de interesse comum. Neste rol estão desde uma simples obtenção e doação de favores, como acesso privilegiado a bens ou serviços públicos ou até o pagamento superfaturado de obras e serviços públicos para empresas privadas em troca do retorno de um percentual do pagamento para um dos agentes envolvidos no esquema. Nestes casos os criminosos – ao invés de assassinatos, roubos e furtos - utilizam posições de poder estabelecidas no jogo político normal da sociedade para realizar atos ilegais contra a sociedade como um todo.
              A corrupção além de ser enormemente prejudicial à democracia é injusta, pois quebra a igualdade perante a lei. Infelizmente a sociedade tende a refletir o processo da corrupção ao reproduzir a mentalidade do “jeitinho” brasileiro. Isto ocorre toda vez que o cidadão dá dinheiro para receber vantagens, adquire produtos piratas ou quando é conivente a extorsão em toda e qualquer situação. Enquanto nossa cultura aceitar passivamente essa mentalidade, e enquanto essa mentalidade continuar sendo passada de geração em geração não haverá grandes chances de transformação. Toda ação mesmo que aparentemente “inofensiva” assemelha-se ao ato de um político se beneficiar de fundos públicos de uma maneira outra que a não prescrita em lei.
           Estudos têm demonstrado que em sociedades onde a participação, o controle dos gastos públicos e do cumprimento das leis é maior, a corrupção tende a diminuir. Só a participação popular, a conscientização através da educação e o desenvolvimento da cidadania podem trazer soluções mais estáveis para esta questão em longo prazo. Em paralelo ao estabelecimento de mecanismos de transparência e fiscalização, torna-se fundamental a existência de punição eficiente. Se ninguém é punido, qual o objetivo da participação do cidadão? Entretanto, quando a população perceber que os culpados realmente responderão por seus crimes, se sentirá motivada a fiscalizar e exigir mais.
            Uma das origens da palavra corrupção deriva do latim e significa apodrecido e em outra acepção quebrado em pedaços. Que possamos nesta data em comemoração a nossa independência nos mobilizar coletivamente, mas, também individualmente através da observação de nossas atitudes pessoais. Só assim acontecerá uma efetiva transformação desta realidade que com certeza é um legado pútrido que temos o dever de descartar.

Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A transitoriedade da vida.

Por Regina de Faria

         A cada novo impacto decorrente da notícia da morte de alguém confirma a certeza de que nossa vida se resume em dois momentos marcantes: a primeira inspiração e a última expiração. No intervalo exercitamos nosso livre arbítrio consciente do fato de que nenhum de nós sairá vivo desta experiência. Para a grande maioria dos mortais e, apesar desta certeza nos rondar nos momentos de dor, com raríssimas exceções, ninguém está totalmente preparado para este momento.
        Cada inspiração tem o poder de fazer o presente se transformar rapidamente em passado e de acordo com muitas tradições espirituais, só conseguiremos viver em plenitude se construirmos o aqui e agora de uma maneira consciente e transcendente celebrando o ritual de morte e renascimento que acontece naturalmente neste processo dinâmico de inspiração e expiração.
       Tudo isto é fantástico em teoria até vivenciarmos a morte de pessoas próximas e queridas e de uma maneira mais dramática quando estão na flor da idade. A morte nestas circunstâncias seja de familiares ou mesmo ídolos que se transformaram em modelos de excelência em nossas vidas têm o poder de refrear a correria de nosso dia-a-dia e deveriam marcar momentos ricos de introspecção e reflexão.
      A partir de dados apresentados pela Confederação Nacional de Municípios – CNM sabe-se que ao contrário dos países desenvolvidos, no Brasil, a quantidade de fatalidades em acidentes tem crescido muito e por diversos fatores que não serão aqui analisados. As estatísticas colocam o Brasil entre os países com mais mortes no trânsito no mundo. Só em 2007 a média foi de 183 mortes por dia no trânsito brasileiro (7,6 por hora).
       O mapa da violência no Brasil divulgado no mês de fevereiro deste ano pelo Ministério da Justiça mostrou que houve um aumento de 32,4% nas mortes de jovens em decorrência de acidentes de transporte no período de 1998 a 2008. Na última década, o número de mortos no trânsito subiu quase 24% enquanto a quantidade de acidentes com motos cresceu 750%. Os acidentes causam mais vítimas fatais que a malária e a Aids juntas, pois mais de 35 mil pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito no Brasil. Infelizmente estes dados estatísticos não conseguem alterar a dor latente do centro de nosso peito pela ausência de nosso convívio de uma pessoa querida.
       Impressiona o número de desastres recentes e simultâneos decorrentes de catástrofes do trânsito que tem ceifado drasticamente vidas em plena juventude. Imprudência, destino ou fatalidade, seja o nome que se dê, não cabe a nós compreender as razões insondáveis de fatos tão dramáticos. Certo é que o trânsito tem sido uma arma fatal que tem retirado abruptamente de nossa convivência pessoas com todo potencial de vida e realização. Às vezes, me pergunto se o automóvel, símbolo da “era da máquina” não se transformou no ícone de uma sociedade falida que geme por transformação imediata em seus valores.
       Pela lógica os filhos devem enterrar seus pais, experiência por si só muito dolorosa, mas vivenciar a inversão desta ordem cronológica nos remete ao sofrimento de Maria Santíssima ao abraçar aos pés da cruz o corpo inerte de seu Amado Filho. Compartilhar a dor de uma mãe, um pai, um amigo confidente aos pés do caixão nestas circunstâncias nos faz humildes e pequenos frente a tanta dor e me remete a um conselho de Chico Xavier:

“Viver é sempre dizer aos outros o quanto eles são importantes. Por que um dia eles se vão e ficamos com a nítida impressão que não amamos o suficiente.”



 
Regina de Faria Brito
   Presidente SINDIANÁPOLIS 
 www.sindianapolis.org

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A CIDADE DE ANA.

Por Regina de Faria

              No dia 31 de Julho comemora-se os  104 anos de Anápolis e sua história coincide, em meados do século XIX, com as primeiras penetrações no território onde se localiza a cidade, por habitantes do Norte do País, que, dirigindo-se às Províncias do Sul, percorriam a extensa faixa de terras entre Jaraguá e Silvânia. A Província de Goiás era um imenso sertão pouco povoado. A população era eminentemente rural, sendo as cidades pouco habitadas e distantes umas das outras. As estradas eram precárias e as mercadorias eram transportadas no lombo de mulas levando, às vezes, meses para chegar a seu destino. Quando Gomes de Souza Ramos chegou ao local com o objetivo de construir a capela de Santana, alguns viajantes já haviam fixado residência pelo interior, principalmente nas cabeceiras do riacho das Antas. Contudo, somente em 10 de março de 1892 foi instalado o município e em 31 de julho de 1907 foi elevado à categoria de cidade, com o nome de Anápolis, a cidade de Ana.
               Inicialmente seu crescimento urbano se adequou à topografia e a cidade cresceu espontaneamente entre os fundos de vale em torno da capela de Santana. Contudo, sob os aspectos de sua evolução urbana, pode-se afirmar que seu crescimento acelerado tem sido marcado pela aprovação excessiva de loteamentos sem a intervenção planejadora do poder público. Esta prática determinou o estabelecimento de problemas urbanos agravados ao longo do tempo, como a ausência de infra-estrutura, serviços e equipamentos urbanos, dispersão urbana, expansão sobre áreas de preservação ambiental, segregação sócio-espacial, dentre outros fatores. Hoje, mais do que antes é nítido o espraiamento da ocupação e esta dispersão tem acompanhado a evolução urbana do município, em virtude, principalmente da pressão do capital imobiliário para a ampliação da área de expansão urbana.
             Apesar dos diversos Planos Diretores urbanos aprovados no município (1968, 1985, 1992 e 2006) apontarem sempre como objetivo principal a contenção da expansão urbana, a ação governamental, com raras exceções nas diversas gestões municipais, foi contrária a esta política, contribuindo com a formação e valorização dos vazios urbanos e da decorrente dispersão urbana, causadora dos altos custos de urbanização. Pode-se afirmar que, em Anápolis não houve uma falta de políticas públicas, principalmente em relação à aprovação sistemática de Leis para a ampliação do perímetro urbano, mas estas ações fizeram parte de um modelo de gestão que privilegiou os interesses dos agentes privados ligados, principalmente ao capital imobiliário.
             Os frágeis mecanismos de controle entre as relações público-privadas em todo o país têm conduzido à política estatal a ser presa fácil da corrupção desmascarando a relação incestuosa entre o público e o privado e jogando luz sobre as trevas que encobrem o submundo que tem sido o financiamento de campanhas políticas. O caixa dois, já comprovado publicamente, mas ainda sem punição, passa a ser um negócio de mão dupla que interessa tanto aos próprios políticos, que se beneficiam do dinheiro durante as eleições, quanto aos investidores, que são favorecidos quando o ex-candidato ocupa algum mandato. Com certeza, as “doações” aguardam a “recompensa” futura do investimento de campanha acobertado por uma prática obscura e obscena adornada por um marketing político sofisticado. Se não bastasse incluí-se a estas doações, a prática de licitações arranjadas e obras superfaturadas, que acabam sendo reinvestidas nas campanhas eleitorais transformando a figura do “doador”, prevista na legislação eleitoral, em investidor que, como tal, buscará seu lucro.
               O encarecimento das campanhas políticas, exigindo mais e mais recursos a cada dia, tornou menos transparente as relações entre a iniciativa privada e o poder público, alimentando esta prática degradante. A política abandona a essência de seu conceito de dar o sentido da ação, pois desagregada do valor ético perde a razão de sua existência.
              Comemora-se o aniversário de Ana com muitos avanços na esfera administrativa e com a retomada de investimentos públicos, mas torna-se imprescindível avaliar e refletir sobre as consequências nefastas sedimentadas na estrutura urbana do município causados pela distorção da prática política vigente em todo o país.




Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O CASAMENTO DO CÉU COM A TERRA.

Por Regina de Faria

          No último dia 3 de Junho Anápolis foi presenteada com a visita ilustre do escritor, professor universitário e expoente da Teologia da Libertação no Brasil, Leonardo Boff. Ele foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos e é respeitado pela sua história de defesa pelas causas sociais e as questões ambientais. Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade trabalhando, também no campo do ecumenismo.
         Aos 73 anos de idade ele coleciona uma produção literária composta de mais de 60 livros construindo uma história de abrangência internacional. Sua vinda à Anápolis inseriu-se nas comemorações da semana do meio ambiente de 2011 coordenada pela Prefeitura Municipal. Quem teve o privilégio de compartilhar algumas horas com tão notável presença vivenciou a emoção amplificada pela apresentação de um vídeo com os pontos principais da Carta da Terra. Este documento foi aprovado em Paris no ano de 2000 com a participação efetiva de 46 países. Leonardo Boff foi o representante do Brasil no processo de mais de dois anos de elaboração deste documento estruturado em quatro principios: (1) respeitar e cuidar da comunidade de vida; (2) integridade ecológica; (3) justiça social e econômica; (4) democracia, não-violência e paz.
         Leonardo Boff afirma que esta carta nasceu como resposta às ameaças que pesam sobre o planeta e como uma forma de se pensar articuladamente os muitos problemas ecológico-sociais, tendo como referência central a Terra ou “Gaia”. Para ele a categoria sustentabilidade deve ser o fundamento do novo paradigma civilizatório que procura harmonizar os seres humanos com o desenvolvimento sustentável da Terra. Embora este termo tenha surgido oficialmente em 1979 na Assembléia das Nações Unidas o conceito possui uma pré-história de quase três séculos, pois já em 1713 foi utilizado para designar a percepção da escassez provocada pelo desflorestamento decorrente do processo de industrialização. Em 1987, após quase mil dias de reuniões de especialistas convocados pela ONU foi publicado o documento Nosso Futuro Comum onde se encontra a clássica definição: "sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades".
          O desenvolvimento econômico tem sido a mola propulsora da sociedade capitalista e, portanto a produção e o consumo estão diretamente vinculados às questões relativas à sustentabilidade. Se no decorrer da evolução de nossa história a prática política houvesse seguido os princípios de busca do bem comum, com certeza os caminhos trilhados pelo Ocidente estariam mais próximos dos fundamentos da Carta da Terra. Infelizmente, o percurso escolhido foi o da mercantilizarão de todas as coisas e o submetimento da política e da ética à economia. A crise ecológica atual deriva desta escolha que, sendo mantida, poderá ameaçar o futuro da vida no planeta.
         Ainda há tempo para revisões e buscas de alternativas paradigmáticas. Para tanto necessário se faz repensar nossas escolhas criando uma estratégia que substitua a manutenção da política econômica dominante por um novo modo de viver, fruto de um cuidado para com toda a forma de vida no planeta.
         Apesar dos dados apocalípticos apresentados pelo ilustre palestrante os presenteados naquele evento saborearam o sonho e a possibilidade de ver a humanidade como parte de um vasto universo em evolução.   A semente foi lançada em nosso solo em busca do casamento do céu com a terra, visto como o encontro do mundo material com o espiritual e alimentado pelo desejo coletivo de podermos colher frutos de fraternidade e de cuidado para com todas as formas de vida.



Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS -
www.sindianapolis.org

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A ciência da paz.

Por Regina de Faria

          Temos consciência de que o homem contemporâneo convive diariamente com situações estressantes um dos resultados de uma sociedade pautada na competitividade e consumismo exacerbados. O stress considerado uma doença a partir da década dos anos 90 é proveniente de uma vida agitada e corrida cheia de afazeres e preocupações e atinge as pessoas independente de sua classe social, faixa etária, cor ou religião.
        Em cada esquina que atravessamos já existe uma ciência do conflito e da guerra instalada, por isto passou a ser essencial a renovação de nossas reservas de paciência interior. A condição de saúde em plenitude neste novo milênio exige sabedoria, considerada o instrumento fundamental para a tão necessária ciência da paz. Precisamos inverter este círculo vicioso da violência no círculo virtuoso da serenidade e da ternura. Mas essa tarefa não é tão simples, pois este conhecimento ainda não habita o currículo de nossas escolas. É necessário aprender com a vida. Cada dia nos traz uma lição e com certeza, as pedras de tropeço podem se transformar na motivação para a busca de paz interior.
        Pierre Weil (1924-2008), doutor em Psicologia pela Universidade de Paris, após uma crise existencial seguida de um câncer dedica-se de corpo e alma à pesquisa e ao estabelecimento de uma cultura para a paz. A UNIPAZ foi criada em 1987 e ele passa a ser o seu presidente. Em 1989 Pierre Weil elabora uma teoria sobre a gênese da destruição da vida sobre o Planeta e sobre os princípios e abordagens que possibilitam um novo método de Educação para a paz. Ele segue em sua abordagem as recomendações do preâmbulo da UNESCO (organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e cultura) que afirma: “As guerras nascem no espírito dos homens, e é nele, primeiramente, que devem ser erguidos os baluartes da paz.”.
         Esta nova concepção se apóia na trilogia integrativa de três aspectos da Paz, a saber:
        1- A Paz consigo próprio, denominada Ecologia e Consciência individuais e atua nos planos do corpo, das emoções e do espírito;
       2- A Paz com os outros, denominada de Ecologia e Consciência Sociais e atua nos planos da economia, da sociedade, da política e da cultura;
        3- A Paz com a natureza, denominada de Ecologia e Consciência do Universo e atua nos planos da matéria, da vida e da informação.
        Este novo modelo de educação foi desenvolvido em diversas modalidades e workshops que estão sendo desenvolvidos em todo o mundo com o apoio da UNESCO e parte do pressuposto de que a violência pode ser banida imediatamente de todos os níveis da vida, mas é necessário que os homens escolham com audácia, imaginação e determinação o caminho da paz. Porque ele não é o único. Existe também a trilha sombria que conduz à desordem e à guerra e que tem o poder de nos indignar comprometendo também nossa paz interior.
         Diversas e diferentes tradições espirituais apresentam caminhos para a busca da paz interior. Para os cristãos a verdadeira paz é apresentada pela fé e pela graça de aceitar Jesus como o dom de Deus e a garantia de perfeição e segurança do homem. Através da simbologia da cruz, tudo aquilo de que o homem tem necessidade, tanto no plano horizontal, visto como suas necessidades materiais, quanto no plano vertical pela necessária evolução espiritual, Jesus responde em suas célebres autoapresentações: “Eu sou – o pão, a paz, o pastor, a porta (de acesso ao Pai), a ressurreição e a vida, o caminho, a verdade e a vida.” Viver em comunhão com Deus significa ser feliz. O amor é a experiência central do cristianismo. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo e com certeza a natureza já estava subtendida neste mandamento.
         Jesus Cristo diz a todos os que crêem nEle: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração" (Jo 14.27b).




Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS

segunda-feira, 9 de maio de 2011


TRANS FORMAR-SE
APESAR DO TRÂNSITO

Por Regina de Faria

          O século XXI tem sido considerado o da globalização da economia aliada à velocidade de informação. Já o século XX foi caracterizado pelo crescimento das cidades atingindo níveis de urbanização na casa dos 85%. Desta forma, um dos grandes desafios que as cidades encontram, é como conciliar os atributos da vida urbana, tais como veículos, pessoas e lixo, tendo em vista a preservação de um meio ambiente “saudável” (se é que se considera isto possível).
          Na maioria das cidades brasileiras de médio e grande porte está praticamente inviável transitar pelas ruas, principalmente em horários de pico. O serviço de transporte coletivo precário e o crédito facilitado resultam na aquisição fácil de veículos que sobrecarregam as ruas com excessiva utilização de meios de locomoção individuais. A relação “espaço-tempo” tão importante nas relações urbanas está caminhando cada dia mais na contramão. A ausência de políticas públicas, tais como plano diretor de transporte e circulação nos municípios, que poderiam atenuar os conflitos de mobilidade urbana vem agravar ainda mais o quadro negro do trânsito nas cidades.
          Por ser um tema que nos aflige cotidianamente sugiro que na próxima vez que você se encontrar no trânsito faça uma experiência de “plena atenção” observando como as pessoas se comportam. Alguns motoristas estarão calmamente falando ao celular, transformando seus veículos em escritório pessoal, ao mesmo tempo em que dirige desconsiderando as normas de trânsito. Outros excessivamente ansiosos vão extravasar sua irritação no volante ou na buzina. Alguns pertencentes a categoria dos que são melhores do que os demais mortais vão burlar as lei em vigor para tirar vantagens.(Ahhh como estes conseguem nos tirar do sério...). Já uma minoria vai conseguir controlar seu estado de stress e buscar nos arquivos mentais técnicas de autocontrole e com esforço sobrenatural vão conseguir dirigir com tranquilidade.
          Entrevistas realizadas para sustentar a tese de mestrado da psicóloga Gislene Maia de Macedo da Universidade de São Paulo demonstram que nove em cada dez pessoas ficam tremendamente irritadas ao serem cortadas por “apressadinhos” de plantão. Três em cada dez assumem exceder os limites de velocidade estipulados sendo responsáveis pela maioria dos acidentes e quatro em cada dez reconhecem reagir com hostilidade com gestos, gritos e com certeza a mão na buzina.
         Pesquisadores também concluíram que a agressividade ao volante está associada ao temperamento dos motoristas. Acredito que é no trânsito que nosso lado sombra aparece e aí pouquíssimas pessoas conseguirão manter-se imune a reações irracionais. Psicoterapeutas afirmam que, "Situações que impedem ou dificultam a mobilidade são as maiores causadoras de estresse, o que acaba gerando um comportamento agressivo”. Este estado de stress, por sua vez, revela uma teia de contradições dos motoristas, que demonstram não ter consciência das situações de risco em que acabam se envolvendo.
          O "pecado" no trânsito (violações à lei ou comportamentos agressivos) que são mais admitidos é a impaciência com o motorista “da melhor idade” ou aqueles mais lentos utilizando a faixa da esquerda o que leva os stressadinhos à ultrapassagem pelo lado direito.
         De qualquer forma vale a dica para os que concordam com o filósofo Sócrates especificamente na inscrição da entrada do templo de Delfos como inspiração para construir sua filosofia: “Conhece-te a ti mesmo.” É este ato de conhecimento, capaz de promover nossa autotranscendência, pois apenas através desta atitude podemos modificar nossa relação para conosco mesmo, para com os outros e para com o mundo.
         Com certeza as situações de trânsito revelam muito mais de nós mesmos do que poderíamos em sã consciência imaginar.

Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org

sexta-feira, 8 de abril de 2011

BONS TEMPOS.

Por Regina de Faria

         Eu sou arquiteta urbanista de formação. Anapolina da “gema”. Servidora pública por vocação. Cresci em um meio político, pois nos idos da década de 60 meu pai foi vereador em minha cidade natal, Anápolis-GO. Meu tio Anapolino Silvério de Faria apesar de médico de profissão, ao retornar à casa do Pai em 2008, deixou saudades não apenas a seus familiares, mas a muitos eleitores do município por representar um espécime em extinção: o político íntegro. Em sua extensa e bem sucedida vida pública colecionou honrarias de valor inestimável. Dentre diversos e bem sucedidos vôos na carreira política, foi prefeito de Anápolis por dois mandatos, 1983 a 1985 enquanto o último dos prefeitos nomeados do município e de 1989 a 1992 como prefeito eleito. Não por acaso traz em seu nome a designação de sua maior missão, a devoção de seu trabalho em prol de sua cidade natal.
        Eu tive o privilégio de conviver intimamente com ele, pois no início da década de 60 minha família mudou-se do ultimo andar do Hotel Itamaraty para uma residência construída, na então última rua do traçado urbano da cidade. Ocupávamos a casa do meio situada entre a casa do “tio Nem” mais acima e a do “tio Anapolino” mais abaixo. Ainda titubeante nos meus primeiros passos tive a oportunidade de crescer na convivência muito próxima destas famílias. Em um cenário “rural” as brincadeiras aconteciam entre as grandes mangueiras, fixos, lagartixas e outros bichos localizados nos extensos quintais que se permeavam devido à ausência dos limites dos muros.
        Neste ir e vir frenético esta convivência me propiciou o contato com ilustres personagens da vida política nacional, amigos íntimos de meu tio, tais como Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e Oscar Niemeyer dentre outros. Estas experiências alimentaram meu imaginário infantil e ao mesmo tempo delineava meus caminhos pessoais, cumprindo, também uma missão importante em minha educação cidadã.
        O tempo passou rapidamente e por obra do destino em meados da década de 80 estávamos lado a lado na Prefeitura de Anápolis. Neste local preciso, meu tio obteve seu sucesso maior, pois indubitavelmente tem sido citado por “gregos e troianos” como exemplo do ente político que utiliza o poder a ele conferido com sabedoria visando o pleno desenvolvimento do patrimônio que pertence a toda coletividade. Com este sentimento latente em todas suas ações, sabia com clareza que deveria valorizar os servidores, seus companheiros, que concretizariam as políticas públicas por ele definidas sempre em conjunto com sua equipe técnica. Desta forma, como participante desta equipe o ouvi repetir inúmeras vezes que ele era médico e por isto precisava de outros especialistas auxiliando suas decisões. Os servidores públicos municipais eram considerados por ele parceiros na construção de uma sociedade mais justa e por isto fazia questão de valorizá-los materialmente e emocionalmente.
        O slogan por ele escolhido para caracterizar sua passagem como Prefeito Municipal - “Anápolis eu te amo,” sintetizava todo o sentimento que norteava suas decisões: O amor incondicional a este solo de cerrado. Sua firmeza no agir e a coerência aos seus princípios morais justificam o adjetivo dado pelo seu amigo e jornalista Manoel Vanderic em suas memórias, caracterizando-o como “um cidadão singular.”
        Tenho convicção que estas experiências já definiam o que viria a ser minha missão enquanto profissional: transitei da área da arquitetura e urbanismo para a esfera sindical. Estou no Sindianápolis – Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos  Municipais  de Anápolis desde 2003 e assumi a presidência a partir de 2007. Graças a Deus estou sobrevivendo, apesar das perseguições e humilhações de toda espécie, em uma ceara cheia de espinhos e bichos selvagens de todas as espécies. Tenho colecionado avanços expressivos para os servidores, mas tenho que confessar que, infelizmente, as vitórias acabam sendo ofuscadas pela difícil tarefa de transitar no meio político em um momento em que a corrupção, a impunidade e a hipocrisia são valores inerentes à atividade política. Já se foi o tempo em que um homem não precisava de documentos ou registros em cartório, pois sua honra andava lado a lado com sua palavra.
Bons tempos aqueles...

Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org

sexta-feira, 1 de abril de 2011

AS DORES DA TERRA

Por Regina de Faria


        Já se tornou recorrente o bombardeio de notícias catastróficas oriundas de todos os “cantos” do planeta e de diferentes níveis: terremotos, inundações, tsunamis, desastres envolvendo usinas nucleares, dentre tantos outros. Nestes momentos podemos sentir a alma do planeta gemer e este lamento ecoa em cada um de nós através da compaixão por tantos que perdem tudo e vêem familiares, amigos e vizinhos perderem até mesmo a própria vida. Hoje o planeta se transformou em uma grande aldeia global e compartilhamos o sofrimento daqueles, que embora distantes fisicamente, fazem parte da mesma família.
        A partir de meados da década de 1990 a maioria da humanidade passou a viver nas cidades atingindo marcas dos níveis de urbanização na casa dos 85%. O mundo hoje é um grande espaço urbano e as conseqüências da exploração irracional dos recursos naturais já se faz presente através de grandes catástrofes. Há muito que a causa ambiental passou a ser uma estratégia de sobrevivência da vida em nosso planeta e comungo com aqueles que acreditam que ainda temos tempo para reverter as conseqüências do modelo de desenvolvimento irracional e predatório.
        Conforme Roberto Crema (1989), psicoterapeuta e reitor da Universidade Holística Internacional, “para qualquer pessoa dotada de um mínimo de arte de ver o óbvio é tão fácil quanto atordoante constatar que vivemos uma crise sem precedentes, por seu aspecto avassalador.” É uma crise vital, pois pela primeira vez, na história da humanidade corremos o risco iminente de autodestruição total. Indubitavelmente a vida está ameaçada no nosso planeta, mas de acordo com a filosofia oriental toda crise possui em si a oportunidade de transformação. Não é por acaso que encontramos hoje as questões ambientais na pauta de todos os discursos e, por conseguinte em muitas campanhas de organizações religiosas. Marina Silva, por exemplo, ex-Ministra do Meio Ambiente do governo Lula é evangélica e é um exemplo do compromisso de diversas igrejas em incorporar as questões ambientais na reflexão da atuação dos cristãos. A igreja católica, por sua vez, no dia 13 de Março lançou a Campanha da Fraternidade de 2011 cujo tema, Fraternidade e a Vida no Planeta e o Lema "A Criação geme em dores de parto", insere a problemática ambiental nas reflexões das comunidades de todo país. Nesta vertente busca abordar as pesquisas das causas, conseqüências e gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas para a sobrevivência da vida no planeta.

        No lançamento oficial da campanha fraternidade ao conclamar cada cristão a mudar suas atitudes citou-se Madre Tereza de Calcutá ao afirmar que, “cada ação será uma gota de água dentro de um oceano, que o tornará diferente.” Ressaltou-se a necessidade urgente de mudança de mentalidade com a convicção de que apenas as atitudes de cada pessoa pautada na cultura de conscientização ambiental poderão reverter às conseqüências de uma sociedade pautada no consumismo capitalista selvagem.
        Vivemos um momento dramático em que a realidade reforça a necessidade premente de mobilização e organização consciente da sociedade civil, pois ninguém comete erro maior do que nada fazer. Cada um de nós deve assumir o compromisso de mudança de atitude em favor da preservação do planeta. É urgente a adoção de medidas rápidas com caráter emergencial e profunda eficiência para que os padrões culturais se alterem e as políticas públicas tenham a necessária eficácia na reversão do atual quadro ambiental. Apenas assim poderemos transformar os gemidos de dor em gemido de amor e de esperança.
Regina de Faria Brito


Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS


sexta-feira, 11 de março de 2011

Comenda HAYDÉE JAYME.
"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.”
                                            São Francisco de Assis 
Por Regina de Faria
No dia 10 de Março tive a honra de ser agraciada pelo Prefeito Municipal de Anápolis com a entrega da Medalha de Distinção de Mérito Haydée Jaime em comemoração ao dia Internacional da Mulher. Quinze mulheres com atividades bem diversificadas foram escolhidas para receber no salão do Parque Ipiranga esta comenda representando a mulher em ação na cidade de Ana.
Ao ouvir a biografia de minhas companheiras acredito ter compartilhado de um mesmo sentimento. “Eu tenho feito tão pouco para justificar ser homenageada em vida...” Ao invés de me sentir cheia de orgulho me senti muito pequena perante o quanto há por ser feito. Mesmo assim não posso deixar de externar a alegria de ter meu nome lembrado e algumas das fortes razões que justificam este sentimento:
             Haydée Jayme nasceu em Anápolis - GO, no dia 29 de junho de 1926 viveu uma vida plena e laureada com a autoria de grandes livros e intensa poesia.
Historiadora, poetisa, jornalista, artista plástica, escritora e professora, ela escreveu a história da cidade com farta documentação. Faleceu em Anápolis no dia 2 de Janeiro do ano de 1999 deixando um legado digno de uma grande personagem que contribuiu sobremaneira na construção de nossa história. Suas crônicas, poesia e, sobretudo os livros históricos tem elucidado os amantes e pesquisadores de conhecimentos sobre nossos antepassados. Durante minha dissertação de pós-graduação e posteriormente de mestrado, esta grande escritora me acompanhou inspirando e subsidiando os textos sobre a elucidação da história e evolução do município de Anápolis, sob a ótica do planejamento urbano.
Coincidentemente nos idos de 2007 o local onde se realizou o evento foi motivo de uma das mobilizações conjuntas entre o Sindianápolis e o então vereador de oposição Antonio Gomide, hoje prefeito. Naquela ocasião parte da área pública estava sendo leiloada para a construção de arranha-céus apesar de ser área de preservação permanente. Denominamos o movimento de “O grito do Ipiranga” e através de abaixo-assinados e uma representação pública frente ao Ministério Publico Estadual - MPE conseguimos reverter à situação. Hoje o local foi totalmente revitalizado e entregue à população transformado em um parque de extrema beleza onde a população pode usufruir prazerosamente das águas límpidas do Córrego Ipiranga.
Merece ser enaltecida a atitude de o Prefeito Municipal conceder esta honraria a uma presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município. Traduzindo, se ontem o vereador de oposição estava lado a lado com o sindicato em suas lutas e reivindicações, hoje ele é o patrão destes servidores e, obviamente o foco principal de cobrança e alvo central de críticas.
Tenho em meu caderno de anotações uma frase de autor desconhecido que me guia e orienta meus passos:
 “A gratidão é o caminho mais próximo para chegar a Deus.”
Por isto não poderia deixar de agradecer publicamente primeiro a Deus que me fortalece nesta árdua caminhada, à minha família que me apóia e me dá o equilíbrio necessário, ao jornalista Nilton Pereira que indicou meu nome, aos demais membros da comissão designada para a escolha das homenageadas, ao Prefeito Municipal pela aceitação da indicação, aos meus amigos presentes e ausentes, aos servidores públicos companheiros de jornada e aos membros da diretoria do Sindianápolis por serem os voluntários nesta empreitada que justificou a honraria a mim concedida .

Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
          www.sindianapolis.org

sexta-feira, 4 de março de 2011

MARIA, MARIA.

“Quem traz na pele essa marca
  Possui a estranha mania
  De ter fé na vida...”
                                                                    Por Regina Faria.


        O Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por "Pão e Paz" - por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Nos Estados Unidos e na Europa essas manifestações já haviam surgido desde os primeiros anos do século XX, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
        O fato de vivermos em uma sociedade que possui sua organização pautada na ideologia patriarcal induziu as mulheres à necessidade de grande mobilização de seus esforços em busca da garantia de seus direitos essenciais.
        Conforme Joseph Campbell os hebreus foram os primeiros a usar o termo pai para denominar o que até então era a Deusa Mãe ou Mãe Terra, a divindade da religião entre os antigos que cultuava as mulheres.
        Nas diversas tradições espirituais o antagonismo entre o feminino e o masculino está presente de maneira diferenciada. No cristianismo, primordialmente na Igreja Católica, Maria, a mãe de Jesus, é reverenciada deste os tempos primitivos. A Virgem Maria é também admirada pelos muçulmanos. Nos textos Bíblicos encontramos no Antigo Testamento, mulheres exercendo forte liderança e permanente papel na formação da consciência do povo hebreu. O Novo Testamento, não é diferente do Antigo Testamento, quanto à participação feminina na caminhada do Povo de Deus. Além de Maria a mãe de Jesus outras mulheres, acompanharam e permaneceram com Jesus em toda sua curta trajetória até o pé da Cruz.
        A filosofia Taoísta, por sua vez, tem em sua estrutura conceitual dois pólos arquetípicos – o yin e o yang – que conjuntamente dão a essência do Tao enquanto processo cósmico de continuo fluxo e mudança. Nesta concepção chinesa, todas as manifestações são geradas pela interação dinâmica desses dois pólos arquetípicos e todos os fenômenos naturais são manifestações de uma contínua oscilação entre estes dois pólos.
       De forma simplificada o arquétipo Yin está associado às seguintes características: noite, inverno, umidade, frescor, interior, feminino, intuitivo, sintético, receptivo. Por sua vez o arquétipo Yang está relacionado ao: dia, verão, secura, calidez, superfície, masculino, racional, analítico, agressivo. Se atentarmos para esta lista de opostos, é fácil perceber que nossa sociedade tem favorecido sistematicamente o yang em detrimento do yin. Somos fruto de uma visão cartesiana e mecanicista que caracterizou a revolução científica, desta forma nossa cultura está dominada pelo pensamento racional. Nossa geração sofre as conseqüências de uma busca insana alicerçada na crença de que o avanço tecnológico seria a solução para todos os males da sociedade. O conhecimento racional prevalece sobre a sabedoria intuitiva, a ciência sobre a religião, a competição sobre a cooperação, a exploração de recursos naturais em vez de conservação, e assim por diante. Nossos ideais estão centrados no individualismo exacerbado e na competição desmedida.
       Esta ênfase sustentada pelo sistema patriarcal durante os três últimos séculos acarretou um profundo desequilíbrio cultural que está na própria raiz de nossa atual crise – um desequilíbrio em nossos pensamentos e sentimentos, em nossos valores e atitudes e em nossas estruturas sociais, econômicas e políticas. A freqüente associação do yin com passividade e do yang com atividade enquadra as mulheres em um modelo de passividade e receptividade e os homens como ativos e criativos. Essas imagens buscam trazer uma explicação científica para manter as mulheres num papel subordinado, subserviente, em relação aos homens.
       Nas décadas mais recentes, conclui-se que todas essas idéias e esses valores estão seriamente limitados e necessitam de uma revisão radical. O declínio do patriarcado, o final da era do combustível fóssil e a mudança de paradigma que vivenciamos estão contribuindo para uma transição de dimensões planetárias. Estamos chegando a um momento decisivo em que necessário se faz uma revolução cultural na verdadeira acepção da palavra. A sobrevivência de toda a nossa civilização pode depender de sermos ou não capazes de realizar tal mudança. Com certeza, as mulheres possuem um papel primordial nesta transformação já em curso, pois mais do que ninguém conhecem os processos de gestação, nascimento e vida.