quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NOVO ANO, NOVO SER.

               Como em todo início de ano, nossa mente e coração são invadidos pelas tragédias e pela contagem dos números de mortos e desabrigados em áreas submetidas a riscos pelas intensas chuvas de verão. Estas calamidades são a colheita nefasta de uma sociedade pautada na exploração irresponsável de seus recursos naturais. A inobservância das leis de preservação ambiental somada à inoperância dos governos que permitem a continuidade de ocupação irregulares em áreas de risco demonstra que as tragédias são anunciadas. A partir da constituição brasileira de 1988 a função do solo urbano é de atribuição e responsabilidade da municipalidade, mas cada um de nós é responsável pela transformação dos valores que estruturam nossa sociedade.
              O apóstolo São Paulo já profetizava que, ”Se não for por amor será pela dor.” Por isto eu comungo com as pessoas que acreditam que as tragédias podem ter seu lado positivo e que podem nos empurrar para uma ampliação de nossa consciência que só poderá acontecer se acompanhada de uma evolução espiritual. O mundo material – que por definição é efêmero e ilusório – terá que perder espaço para o poder de uma nova consciência. Este percurso deverá estar pautado no pressuposto de que somos os responsáveis e principais artífices da realidade que vivenciamos, pois, em última instância, ela é o fruto da forma como pensamos e interagimos com as pessoas e com meio em que vivemos. Para tanto devemos acreditar e aceitar nosso poder interior, o divino e o sagrado que existe dentro do nosso coração e, assim, contribuir para a criação de um mundo melhor
             Para ampliar os níveis de consciência cada pessoa imbuída do arcabouço de suas crenças e valores deve estipular um método para alcançar seus objetivos. Com rapidez perceberemos que a transformação só se realizará através da mudança da nossa forma de agir e pensar. Por isto sugiro que deixemos nossa imaginação ter o peso necessário sem a tendência às pré-ocupações desnecessárias. Nossas idéias devem ser leves, soltas e totalmente desimpedidas para criar o novo buscando ousadia nesta nova forma de caminhar. Para tanto devemos aquietar as nossas mentes para que possamos ouvir nossa voz interior, silenciar e permitir ouvir a voz de Deus. É exatamente neste momento que nossa missão se revela. Com certeza uma nova forma de caminhar deve contrapor os valores de uma sociedade baseada na competição, no individualismo e na exploração por preceitos de cooperação, solidariedade e justiça. Torna-se necessário expandirmos os sentimentos de paz, harmonia, alegria e amor para nossos familiares, nossos colegas, vizinhos, para a cidade, o país e para todo o planeta.
            Não podemos esquecer que o tempero fundamental para um novo estado de consciência é trazer um ingrediente fundamental a tudo que fazemos: a paixão. Estar engajados em um projeto que é coletivo e transformador e fazê-lo com amor. Tenho a certeza que começaremos a vivenciar coletivamente o surgimento de um milagre, pois estar de bem com a vida e contribuir para que toda a humanidade seja feliz gera em nosso ser sentimentos que transformam nossa visão de mundo, as relações interpessoais e nossa relação com o ambiente.
Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS

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