segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A LEALDADE AOS PRINCÍPIOS.
Por: Regina Faria

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.”
 Che Guevara

Atualmente é fácil observar que as pessoas estão perdendo a dignidade, o amor próprio, vendo seus direitos sendo dilapidados e simplesmente cruzam os braços e esperam o momento de perder sua voz, quando não mais poderão reagir. Este fato me levou à decisão de entrar na ação sindical objetivando usar a energia da indignação para transformar a condição de escravidão dos companheiros servidores. Nestes 28 anos de trajetória no serviço publico me indignei inúmeras vezes ao presenciar injustiças e jogos de poder que tinham como único objetivo utilizar as leis com todo o seu rigor para os desafetos do poder e buscar as brechas para favorecer os amigos dos gabinetes. Acreditando que a alegria está na luta, na tentativa, na transformação da indignação e do sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita iniciei uma trajetória permeada por ataques e perseguições à minha pessoa. Apesar de toda pressão o Sindianápolis colecionou muitas vitórias e teve ao seu lado parceiros que levantaram conjuntamente as bandeiras por nós hasteadas.
Continuei minha luta coerente com os princípios e idealismo que sempre nortearam minhas ações desde sempre. No entanto tive o desprazer de ver pessoas que anteriormente estiveram ao meu lado atacarem minha conduta apesar de estar perfeitamente coerente com minha trajetória enquanto presidente do sindicato.
Ficar indignada em face de injustiça sempre fez parte de meu temperamento e está inserido em um contexto de minha formação como cidadã em defesa da vida plena e digna. Exemplificando, em 1993 quando era conselheira tutelar do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente recebi uma denuncia em relação aos serviços prestados no Hospital Municipal. Coincidentemente naquela mesma ocasião, meu querido irmão de sangue, Dr. Fernando de Faria era então secretário da saúde do governo Wolney Martins. Minha proposta junto aos demais membros do referido conselho foi convocá-lo para uma reunião para prestação de contas sobre as denuncias que a nós foram encaminhadas. Meus colegas conselheiros estranharam minha proposta e me perguntaram como iria argüir uma pessoa tão cara na minha vida. Imediatamente utilizei os ensinamentos de meu saudoso e caro tio Anapolino de Faria, ex-prefeito de Anápolis, que costumeiramente afirmava: “- Justiça começa em casa.” A proposta foi aceita e no dia marcado meu irmão foi humildemente à reunião onde foi severamente inquirido acerca das denuncias. Ao terminar a reunião atravessei a porta do conselho e naquele momento ele voltou a ser meu irmão amado sem qualquer tipo de mágoa ou ressentimentos, pois ambos sabíamos que nossas ações devem estar norteadas por uma coerência interna e não por preceitos mesquinhos e individualistas.

Na certeza de que a força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável e convencida que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza, aprendi a transformar cada pedra no caminho em motivação para alcançar os objetivos delineados pelos meus sonhos. De qualquer maneira nunca foi fácil assumir posições que contrariam os interesses de quem detem o poder e obviamente ser vidraça é muito menos confortável quando se é o lado fraco deste jogo desigual. Este é o preço da lealdade aos princípios que norteiam minha conduta.
O meu alento é ter a certeza que a exclusão sectária é uma atitude estranha ao Espírito de Deus. Apenas o verdadeiro cristão sabe acolher, apoiar e estimular os homens (e mulheres) que defendem uma causa nobre, ainda que não estejam cadastrados em sua comunidade.

Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA

Por Regina Faria

As Diretorias do Sindianápolis (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Anápolis) e da AFAPEMA (Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Município de Anápolis) vêm convocar os servidores credores de salários atrasados de 1996 e 2000 e não pagos até hoje, para uma reunião a ser realizada no dia 17 de Fevereiro de 2011, às 9:00 hs na porta do Teatro Municipal do Centro Administrativo – “prefeitura “.
Nesta oportunidade estaremos comunicando a evolução (???) deste débito com os aposentados e pensionista do ISSA (Instituto de Seguridade Social de Anápolis) bem como com os servidores ativos da prefeitura de Anápolis.
Estaremos também deliberando ações efetivas para resolver definitivamente esta pendência que nos envergonha há mais de quatorze anos(14) enquanto servidores desta municipalidade.
           Solicitamos aos servidores que se informem e tenham certeza do não recebimento destes salários. 
“nenhum de nós é tão forte como todos nós juntos. “
                                                                                                    Participe!!!

Regina Maria de Faria Amaral Brito
Presidente do SINDIANÁPOLIS

Nilza Esteves de Azevedo Lima
Presidente AFAPEMA

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O MEIO AMBIENTE PEDE SOCORRO

            Por Regina de Faria
  
           A ânsia desmedida do ser humano pelo que se habituou a definir como progresso somada a má utilização dos recursos naturais transformou a causa ambiental em uma estratégia de sobrevivência e desenvolvimento do século 21. A situação atual demonstra a necessidade de medidas rápidas com caráter emergencial e profunda eficiência para que os padrões culturais se alterem e as ações políticas tenham a necessária eficácia na reversão do atual quadro ambiental. Cotidianamente o noticiário invade nossos lares com as tragédias provocas pelo aumento da temperatura média no planeta que chega ao nível assustador de dois graus Celsius.
           Especialistas afirmam que, mantendo-se a tendência atual de concentração de gases do efeito estufa, em poucos anos pode-se chegar a uma situação-limite.  De acordo com avaliações técnicas é necessário reduzir entre 25% e 40% a emissão dos gases poluentes na atmosfera até o ano de 2020 e em até 80% até 2050 tendo com base os índices de 1990. Esta ação só se viabilizará se houver um compromisso mundial e os líderes políticos assumirem políticas que enfrentem a realidade do aquecimento global. Metas já foram traçadas, mas os avanços ainda são acanhados pela gravidade dos problemas já gerados pelo desequilíbrio ambiental.
          Contraditoriamente em um momento em que se esperava que os governos nos níveis federal, estadual e municipal conscientes da gravidade e da necessidade de agir com mudanças radicais de conduta e no estabelecimento de políticas ambientalmente corretas surge o projeto de Lei n. 6424, que propõe alterações retrógradas e tendenciosas no atual Código Florestal. As modificações já foram aprovadas através do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB) em junho de 2010 por uma comissão especial dominada por representantes da bancada ruralista e depende, agora, da votação dos 513 deputados em plenário. A votação está programada para março respondendo ao clamor dos deputados ligados ao agronegócio, que apóiam as nefastas mudanças no referido Código.
         De acordo com ambientalista e especialista em geral, a aprovação destas alterações pode levar a um aumento generalizado de desmatamento, além de deixar as populações rurais e urbanas vulneráveis a catástrofes naturais. Para melhor conhecimento das alterações e suas conseqüências, já está disponível na internet a cartilha Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental, produzida por sete organizações não governamentais que integram o SOS Florestas. Fazem parte da frente SOS Florestas as ONGs Apremavi, Greenpeace, Imaflora, Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Instituto Socioambiental (ISA) e WWF-Brasil.
Com análises técnicas e científicas, a cartilha demonstra que a devastação da cobertura florestal às margens de cursos d’água, resultante das alterações do Código Florestal vão contribuir para o assoreamento do leito dos rios, aumentando a velocidade de escoamento das águas, provocando erosões e enxurradas. Os impactos, portanto, acontecem tanto em áreas rurais quanto urbanas. Além disso, as mudanças propostas como anistia a desmatadores, redução de áreas de preservação permanente e diminuição de reserva legal, devem gerar enormes emissões de gases de efeito estufa, aumento generalizado de desmatamento em todos os biomas e vulnerabilidade da população a eventos extremos. Carlos Rittl, coordenador do programa de Mudanças Climáticas do WWF-Brasil, afirma que o trabalho do SOS Florestas desmente os argumentos dos ruralistas de que a flexibilização da legislação não tem relação com as tragédias provocadas por enchentes e deslizamentos em áreas urbanas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Ao contrário reafirma a relação direta entre estes eventos e o conseqüente agravamento da atual situação ambiental. 
Mais uma vez, cabe a sociedade civil organizar-se contra a aprovação desta alteração do Código Florestal.
Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS